Nascida e criada numa família de futebolistas e de gente ligada ao desporto, cedo comecei a interessar-me pelas actividades desportivas, muito particularmente pelo futebol. O meu pai entrou para o jornalismo em 1947, altura m que escreveu o seu primeiro texto publicado, no então diário "Açores" ao tempo ainda dirigido pelo seu fundador, Cícero de Medeiros. Estimulado pela primeira vitória da selecção portuguesa de futebol sobre a Espanha, o meu pai escreveu uma pequena crónica que, em linguagem futebolística foi o pontapé de saída para um percurso que graças a Deus, ainda não acabou.
Esta introdução vem a propósito do caso que marcou o Benfica-Sporting do passado sábado. A grande penalidade erradamente assinalada que influenciou o resultado e tem levantado uma grande celeuma nos meios futebolísticos e não só, pois tem sido tema de primeira página em toda a imprensa portuguesa e em todos os telejornais das televisões nacionais. È um fait-divers, quase transformado em tragédia nacional, que vem entreter as tertúlias pondo de lado as preocupações da crise e testemunhar a popularidade do futebol e as paixões que desperta, a que nem figuras destacadas da vida portuguesa escapam, como se vê em vários programas televisivos dedicados a escalpelizar, opinar e especular sobre vários pormenores do futebol e seus jogos, de campo e não só...
Eis como um erro de um árbitro, por sinal dos mais categorizados, e prontamente assumido, se transforma num acontecimento mediático que promete não se ficar por aqui, quando, na verdade, e assim deveria ser encarado, não é mais do que uma das contingências do futebol, das muitas que fazem parte do jogo, de qualquer jogo. Numa das últimas edições da revista "FIFA-News", o órgão oficial da Federação Internacional de Futebol, o seu presidente Joseph Blatter, escrevia em editorial ser contrário à utilização de meios tecnológicos na avaliação de eventuais faltas por as contingências do jogo,e as eventuais diferenças de avaliação dos árbitros são uma delas, serem um dos factores mais influentes nas incertezas que rodeiam todos os desafios.
Estranha-se é que personalidades com um estatuto profissional e social acima da média,não se preocupem nas suas intervenções públicas em assumir atitudes com sentido pedagógico e se entretenham a alimentar paixões que contribuem para acicatar rivalidades exacerbadas.
Teresa Moura Ventura - SA/01/08 Alenquer
quinta-feira, 26 de março de 2009
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1 comentário:
Á grande Teresa...
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